A pistola calibre ponto 40 encontrada em uma das dunas da praia do Calhau, em São Luís, na tarde de quinta-feira (5), por policiais civis e peritos criminais, após fazer uma varredura no local indicado por Jhonatan Sousa, foi confirmada como o revólver utilizado no homicídio do blogueiro Décio Sá, ocorrido no dia 23 de abril, em um bar na Avenida Litorânea. A confirmação foi feita pelo secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, durante uma entrevista coletiva, nesta sexta-feira (6). O revólver foi encontrado enterrado a aproximadamente 20 centímetros e estava com um projétil.
A identificação da arma foi possível após exame de confronto balístico realizado por peritos do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim), órgão ligado a Superintendência de Polícia Técnica Científica (SPTC) da Polícia Civil.
Presentes à coletiva, o secretário-adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos, Laércio Costa; a delegada geral de Polícia Civil, Maria Cristina Resende; o subdelegado Marcos Afonso Junior; o superintendente Estadual de Investigações Criminais, delegado Augusto Barros; e o diretor do Icrim, Carlos Henrique Roxo. Eles esclareçam também sobre a divergência no depoimento do assassino confesso.
A Polícia sempre teve dúvidas sobre a veracidade deste ponto no depoimento do Jhonatan Sousa. Queríamos entender como se deu toda a logística desde o momento em que ele afirma que deixou o bar na Litorânea até a chegada no sitio, onde teria ficado escondido. Na reconstituição comprovamos que havia lacunas e conseguimos que ele contasse onde de fato escondeu a arma e esclarecesse outros pontos que estavam nebulosos, explicou Aluisio Mendes, dizendo ainda que as mudanças do local onde o executor teria abandonado a arma em nada interferem na investigação.
Ainda segundo explicou o secretário de Segurança, a arma utilizada foi preparada para este tipo de prática. O revólver foi encontrado com a numeração raspada, tanto interna quanto externa. Tudo isso, segundo Mendes, é uma tática usada para atrapalhar a identificação da procedência do armamento. O secretário de Segurança relatou que a pistola possuía um brasão, e que, em nenhum momento, afirmou que a arma pertencia à Polícia Militar.
Nos próximos dias, a arma poderá ser enviada para o Instituto Nacional de Criminalística em Brasília, onde será feita uma minuciosa perícia para responder todas as dúvidas referentes ao lote e qual o brasão existia na arma, podendo assim identificar a qual instituição pertence o revólver.
Em relação ao colhimento de provas, a delegada geral de Polícia Civil, explicou que as investigações da polícia têm a finalidade de comprovar tudo o que é declarado nos inquéritos. "Só o depoimento não serve para condenar alguém. As declarações do assassino, das testemunhas são parte do inquérito. A Polícia Civil tem trabalhado cuidadosamente na coleta de provas materiais neste caso", disse a delegada geral.
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