A Polícia Federal iniciou na manhã desta quinta-feira uma operação para
prender suspeitos de integrarem duas quadrilhas em nove Estados - São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão,
Amazonas e Rondônia -, além do Distrito Federal. Um dos bandos era
especializado em lavagem de dinheiro, e a outra, de má gestão de recursos de
entidades previdenciárias públicas. Segundo as investigações da Operação
Miquéias, os líderes da quadrilha que lavava dinheiro também aliciavam prefeitos
e funcionários públicos para que eles fizessem aplicações de recursos que
favorecessem os criminosos. Mais de 300 agentes participam da operação.
Ao todo, a PF cumpre 102 mandados judiciais - cinco de prisão
preventiva, 22 de prisão temporária e 75 de busca e apreensão. A investigação
começou há um ano e meio, e descobriu um esquema de lavagem de dinheiro por
meio da utilização de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas,
abertas em nome de laranjas. Em 18 meses, foram sacados mais de R$ 300 milhões
de reais nas contas dessas empresas.
Pelo menos dois delegados da Polícia Civil faziam parte do bando,
impedindo investigações e repassando informações privilegiadas. Apenas no
Distrito Federal, pelo menos 16 pessoas já foram presas.
Policiais civis participavam de
quadrilha
A PF apurou que policiais civis participavam da quadrilha, fazendo a proteção dos outros suspeitos. Segundo a TV Globo, pelo menos dois delegados da Polícia Civil foram presos no DF.
A PF apurou que policiais civis participavam da quadrilha, fazendo a proteção dos outros suspeitos. Segundo a TV Globo, pelo menos dois delegados da Polícia Civil foram presos no DF.
Os principais nomes da quadrilha também pagavam propina a prefeitos e
gestores de Regimes Próprios de Previdência Social - o objetivo era fazer com
que eles aplicassem os recursos das entidades em fundos de investimentos com
papeis pouco atrativos, geridos pela própria quadrilha. Como consequência,
esses de Regimes Próprios de Previdência Social tiveram vários prejuízos.
Segundo a PF, houve
irregularidades nas prefeituras de Manaus (AM), Ponta Porã (MS), Murtinho (MS),
Queimados (RJ), Formosa (GO), Caldas Novas (GO), Cristalina (GO), Águas Lindas
(GO), Itaberaí (GO), Pires do Rio (GO), Montividiu (GO), Jaru (RO),
Barreirinhas (MA), Bom Jesus da Selva (MA) e Santa Luzia (MA).
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